Houve tempos em que "O Torrinha", jornal escolar, era elaborado com textos dos alunos da escola Francisco Torrinha. Até que um dia deixou de se publicar.
Os alunos sentiram a falta! Mais um instrumento de aprendizagem colaborativa que se perdeu!
"Significa momentos de partilha, de aprendizagens significativas e colaborativas, de convívio, de criatividade e produtividade que se reflectem na valorização dos talentos individuais. É uma imensa satisfação a cada edição, ao se revelar o fruto das suas pesquisas, dos seus esforços e, algumas vezes, histórias do seu quotidiano e do mundo que os rodeia… Ver tudo isso estampado e reflectido nas páginas do jornal, e levar os seus pequenos mundos ao encontro do mundo de todos e de cada um, gera uma grande gratificação pessoal. "
Boletim Informativo de Interactividade, Comunicação e Aprendizagem
Número 58 - Julho 2008
Os alunos sentiram a falta! Mais um instrumento de aprendizagem colaborativa que se perdeu!
"Significa momentos de partilha, de aprendizagens significativas e colaborativas, de convívio, de criatividade e produtividade que se reflectem na valorização dos talentos individuais. É uma imensa satisfação a cada edição, ao se revelar o fruto das suas pesquisas, dos seus esforços e, algumas vezes, histórias do seu quotidiano e do mundo que os rodeia… Ver tudo isso estampado e reflectido nas páginas do jornal, e levar os seus pequenos mundos ao encontro do mundo de todos e de cada um, gera uma grande gratificação pessoal. "
Boletim Informativo de Interactividade, Comunicação e Aprendizagem
Número 58 - Julho 2008
Os alunos adoravam escrever e poder participar! No ano lectivo 2004-05 estes foram os textos dos meus alunos no Jornal Torrinhas:
Um Sonho Mau
A coelhinha Melanie deitou-se. Já era tarde, passava das onze horas, e naquela noite não sabia o que tinha. Dava voltas e mais voltas na coelheira e o sono não chegava.
À sua beira, a mana Nini, a mana Mimi e a sua mamã, dormiam a sono solto. Fechou mais uma vez os olhos, e resolveu contar carneirinhos: “Um, dois, três, quatro...”, o sono estava a chegar, finalmente!
- Mas… o que se passa?! Pum, pum, pum… O que é isto? São foguetes, são tiros, são bombas?!?
Melanie vive num país distante, chamado Iraque, na cidade de Falujah. O país está em guerra, ouve-se o rebentar das bombas. Melanie está cheia de medo, aflita começa a gritar :
- Mãe, mãe, vamos fugir, salva-me ! Eu não quero morrer! Por favor mãe, socorro, socorro!
A mãe, Melanie, Nini e Mimi, correm, correm, sem saber para onde ir, o medo toma conta delas. Olham em volta, e o que vêem elas?
Vêem um bebé caído por terra, parece morto, está sozinho... onde estará a mãe, onde estará o pai, onde estará toda a família?!
Perto delas, um cão enorme, de cor castanha, com ar de mau ataca uma formiga. Mas elas reparam que é uma formiga diferente das outras ! É uma formiga gigante e não parece ter medo do cão, apesar do seu ar feroz e dela não passar de uma formiga.
Estranho! Uma mulher vestida de soldado segura um pau para se defender, sim porque as mulheres neste país também têm o hábito de ir para a guerra.
Mais adiante, uma mulher idosa que parece moribunda, está a ser atacada por um pássaro enorme e medonho.
- Será uma águia? Será um abutre? - Melanie não consegue distinguir.
Vê também uma gaivota que parece muito assustada e quase a dar o ultimo suspiro.
Naquele instante, Melanie solta um grito de dor:
- Mãe, ai o meu pé! Que dor!
- Mãe, ai o meu pé! Que dor!
Na sua correria louca, tinha caído, e torcera o pé, sem dar por isso.
Felizmente que a mãe está por perto. Então, pega em Melanie ao colo, enquanto a seu lado a mana Mimi a olha aterrorizada e a mana Nini limpa as lágrimas.
- Será que também elas vão morrer? Parece ser tudo que as espera...
De repente, fica tudo muito, muito escuro, o céu de um azul carregado, está quase negro, e vê-se muito fumo. O barulho do rebentar das bombas torna-se ensurdecedor. Ouve-se mais uma vez - Pum, pum, pum…
Melanie grita, grita e... acorda em sobressalto. Ainda ouve os seus gritos! Olha em volta, assustada e confusa.
Qual o seu espanto ao ver que afinal está na sua coelheira, e tudo está muito tranquilo.
Melanie vive em Portugal. Tudo não passara de um sonho mau! Respirou fundo:
- Ufa! Que alívio!
Ana Crespo, 11 anos
6E | Fev. 2005
O Mar (mote)
o mar
só o mar
o mar
o só mar
Ulisses, Maria Alberta Menéres
«O que vejo?
O mar,
nunca triste mar.
Transparente mar,
vasto mar,
junto à areia.
À areia,
fina areia,
delicada areia,
imensa areia,
imensa como o mar.
O ondulante mar...
na areia espraiado.
Bárbara Almeida, 11 anos
6G | Jan. 2005
Museu de Serralves (interior)
Visita de Estudo ao Museu de Serralves
"Exposição Paula Rego"
A visita de estudo à Exposição de Paula Rego teve lugar no dia 26 de Outubro de 2004.
Fomos acompanhados pela Directora de Turma, a professora Gina Souto (Língua Portuguesa/ Formação Cívica) e pelos professores Guilhermina Morais e Jorge Figueiredo (E.V.T).
A exposição foi guiada por animadores do Serviço Educativo da Fundação de Serralves que dividiram a turma em dois grupos. Os nossos Professores complementavam as explicações, ajudando-nos a interpretar as ideias expressas e as técnicas da pintura.
Esta exposição apresenta uma selecção da obra produzida a partir de 1996. A artista apresenta pela primeira vez em público os desenhos preparatórios das suas pinturas assim como uma série de trabalhos sobre a cidade do Porto, criados expressamente para este grande evento.
Alguns quadros são muito coloridos, outros mais sombrios. Cada quadro tinha uma placa a identificá-lo com o nome e o ano.
Os quadros de Paula Rego contam histórias, algumas verídicas, relacionadas com a sua infância. Por vezes, representam figuras características da sociedade portuguesa da época, exemplo «A Mulher dos Bolos», um dos seus preferidos.
Nesta exposição vimos também ilustrações de obras da literatura portuguesa e mundial (autores Eça de Queiroz e Kafka).
Detivemo-nos mais pormenorizadamente junto ao quadro «Guerra» que dá a visão da pintora sobre a guerra do Iraque. Nele, estão representadas pessoas inocentes, feridas ou mortas, com rostos de animais.
A professora de Língua Portuguesa GSouto ajudou-nos a interpretar alguns dos elementos presentes no quadro, para podermos criar histórias inspiradas nesta obra.
Textos Apoio- Serralves, Público, Número Quatro, Out/Dez 2004
António Archer, 11 anos
6E | Out. 2004
A Professora GSouto 06.01.2009
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Proibida a reprodução de textos dos alunos.